Dúvidas? Esta página pode te ajudar a resolvê-las. Aqui, você encontrará algumas respostas e poderá até fazer perguntas.
1. Como eu sei que preciso de terapia?
Muitas pessoas buscam terapia para lidar com transtornos psicológicos. Todavia, além de promover a saúde mental, a terapia oferece um espaço para reflexão, autoconhecimento, melhora de relacionamentos e manejo do estresse. Se você enfrenta algum tipo sofrimento, considere explorar essa experiência.
2. Quanto tempo demora para a terapia fazer efeito?
Os resultados da terapia são influenciados por diversas variáveis, e o papel do terapeuta é minimizar essas variações. No entanto, isso pode variar conforme o caso e o quadro clínico. Algumas pessoas experimentam alívio após poucas sessões, enquanto outras podem necessitar de meses ou até anos, dependendo de seus objetivos.
3. Psicólogo vai me dar conselhos ou dizer o que fazer?
Não, o objetivo da psicoterapia não é fornecer conselhos e soluções para os problemas da vida do cliente, mas sim criar um espaço acolhedor que favoreça a reflexão sobre essas questões. O processo busca esclarecer as preocupações e ajudar o paciente a desenvolver caminhos e soluções viáveis, com ênfase na colaboração e na autonomia do indivíduo.
4. Meus problemas são 'bobos' para levar à terapia?
Na psicologia, não há uma medida para o sofrimento. Embora sua dor possa parecer menor em relação a outras, isso não diminui sua importância ou a necessidade de cuidado. É fundamental lembrar que uma ferida não tratada pode infeccionar e agravar a situação. Todo sofrimento é válido e merece ser ouvido.
5. O que falar na primeira sessão?
A sessão inicial é predominantemente dedicada ao encontro entre o terapeuta e o paciente. Nesse momento, o foco é entender as queixas e as motivações que levam à terapia. Em encontros subsequentes, vamos traçar as áreas de intervenção e estabelecer objetivos para dar continuidade ao processo terapêutico.
6. E se eu chorar ou sentir vergonha durante a sessão?
Durante o acompanhamento terapêutico, é natural que o paciente sinta emoções intensas. A expressão dessas emoções é bem-vinda na terapia e não será punida. Incluem-se também outras manifestações, como raiva ou medo. É desejável que o cliente se sinta à vontade e confie no terapeuta o suficiente para compartilhar suas dores, dificuldades e anseios.
7. É possível evoluir por conta própria ou a terapia é realmente necessária?
“Melhorar” pode ter diversos significados. Por exemplo, é possível que sintomas de ansiedade ou TDAH diminuam com o tempo, mas seus efeitos podem persistir. A melhoria é um processo complexo que depende de vários fatores. A terapia proporciona um profissional que torna essa jornada menos complicada. Você pode até conseguir chegar a um porto seguro no meio de uma tempestade sozinho, mas é muito mais provável que alcance esse objetivo com uma tripulação, um mapa e uma bússola. A terapia pode fornecer essas ferramentas, reduzindo as chances de ser submerso pelas ondas.
8. Homens também podem (e devem) fazer terapia?
Sim, a terapia não tem limites de gênero; todas as pessoas podem se beneficiar de um acompanhamento terapêutico. Especialmente os homens, que são afetados por fatores culturais específicos, podendo enfrentar diversos problemas relacionados à saúde mental, como baixa autoestima, dificuldades nas relações interpessoais, depressão, isolamento, entre outros.
9. É apropriado discutir questões relacionadas a sexo e sexualidade na terapia?
Sim, a terapia pode ser um ambiente propício para explorar questões ligadas à vida sexual do paciente. É natural enfrentarmos dificuldades ao abordar temas relacionados à sexualidade, pois muitas vezes são considerados tabus. No entanto, discutir esses assuntos pode ser libertador e é fundamental para promover as mudanças desejadas nessa área.
10. Terapia é muito cara. Existem alternativas acessíveis?
Sim, há opções para aqueles que não conseguem pagar pelos serviços de atendimento particular. O SUS disponibiliza atendimentos em saúde mental através do CAPS e dos Postos de Saúde; é importante verificar os serviços disponíveis na sua área. Universidades que oferecem cursos de Psicologia também costumam oferecer terapia gratuita. Além disso, muitos psicólogos — como eu — oferecem vagas sociais, onde o valor pode ser ajustado de acordo com a situação do paciente – basta conversar!